Enfim, o caminho
Finalmente, depois de passar por diversos especialista,
consegui receber um diagnóstico concreto e conciso sobre o meu filho, ele tem
TEA – Transtorno do Espectro Autista – grau leve. O melhor de tudo, não é
doença. E essa é a parte que me agrada. E posso dizer isso, não só para fazer
média com a sociedade, aliás, sociedade que nunca vai entender o porquê discrimina
ou não discrimina alguém portadora de alguma síndrome ou algo em sua
personalidade. Mas, é obvio que as notícias boas, sempre são acompanhadas de
outras melhores. A melhor: meu filho sempre será assim: um anjo.
Passei da fase da aceitação e estou entrando na fase do
ativismo. Aliás, essa fase eu nunca quero deixar escapar da minha vida. Que
fique claro, mais uma vez, estou aqui narrando de uma perspectiva de pai.
Agora, engajado nessa luta de trazer um mundo melhor para o meu filho, conheci
diversas pessoas. Podia aqui ficar citando casos de muitas delas, mas uma me
chamou a atenção, foi a de uma mãe, conversando com a minha esposa, via rede
social, que dizia que não participava de nenhum movimento nem de associação de
pais com o mesmo problema, para se ajudarem mutuamente, porque o marido,
simplesmente, ignorava a doença do filho e não queria que ela expusesse o
problema. E o pior, tenta tratar diferente, uma pessoa normal – pois é normal
ser diferente. Ele simplesmente está furtando do seu anjo a capacidade de ser
feliz.
Agora, sinto que eu também preciso aprender a ser igual com
a igualdade do meu filho, sendo diferente dos padrões geralmente aceitos pela
sociedade. Tenho mais filhos, aliás, tenho mais dois lindos filhos que estão
engajados, como eu, de fazer o meu caçula o mais feliz possível. Estamos
aprendendo, não existe uma fórmula, existe amor. Estamos praticando, não existe
manual, existe amor. Estamos perseverando, pois não existe técnica, existe
amor.
Amo meu filho e gostaria de compartilhar isso
com todos.